UFC 110: Nogueira vs. Velasquez - Previsão
O dia 10 de setembro de 2006 já parece distante, mas foi nesta data que a mítica promoção japonesa Pride organizou o evento Final Conflict Absolute, para encontrar o vencedor do torneio de peso livre que havia começado em maio desse ano. A noite acabou por ser emblemática já que juntou três das maiores figuras de sempre da organização: os brasileiros António Rodrigo Nogueira e Wanderlei Silva, e o croata Mirko "Cro Cop" Filipovic.
O evento foi um marco nas carreiras destes três grandes lutadores. Filipovic venceu o torneio e pareceu esvaziar aí o "balão" de entusiasmo, acumulando derrotas e prestações apáticas nos combates que se seguiram. Wanderlei Silva sofreu um KO devastador contra "Cro Cop" e viria a perder quatro das cinco lutas seguintes. Nogueira perdeu pela primeira vez em seis anos e meio contra alguém não chamado Fedor Emelianenko, numa decisão dividida contra Josh Barnett.
Hoje na UFC, estas três lendas da Pride preparam-se para encabeçar o UFC 110. É a primeira vez que a organização americana realiza um evento na Austrália, e nada melhor que alicerçá-lo em lutadores que tiveram o seu auge relativamente perto, no país do sol nascente. Falemos então dos combates que esperam cada um destes atletas.
Mirko "Cro Cop" enfrenta Ben Rothwell, um adversário que parece feito à sua medida. Filipovic gosta de intimidar os seus oponentes, e geralmente dá-se mal quando estes conseguem marcar o ritmo das lutas. O croata é hoje uma sombra do que foi, prometendo antes de cada combate que os fãs irão ver o "Cro Cop" dos velhos tempos mas depois parecendo perdido no octógono, para no final dizer que afinal estava lesionado e/ou psicologicamente em baixo. De seguida vem nova luta e tudo se repete. Ainda assim, Rothwell não é um atleta muito pressionante, pelo que é possível que Mirko ganhe confiança com o decorrer do combate e que a sua perna esquerda faça mais uma vítima.
Se Filipovic está muito longe do que foi em tempos, então Wanderlei Silva estará algures noutro planeta. O brasileiro mantém o espírito guerreiro que sempre o caracterizou, porém a sua velocidade abandonou-o e o seu queixo, à semelhança do seu rosto, parece o de um homem bem mais velho. Nos seus últimos seis combates apresenta cinco derrotas, três das quais por KO. Do outro lado do octógono estará o inglês Michael Bisping, um atleta com 18 vitórias e apenas 2 derrotas, cuja combinação de talento e fome de vitórias (quer esquecer o KO fantástico sofrido às mãos de Dan Henderson) não augura nada de bom para Silva.
Chegando ao combate principal da noite, temos António Rodrigo "Minotauro" Nogueira contra o invicto Cain Velasquez. Este último conta apenas com sete combates na carreira, mas a forma como dizimou cada adversário faz com que seja apontado como um possível futuro campeão de pesos pesados da UFC. Velasquez usa a sua força física, capacidade de explosão e wrestling apurado para controlar os oponentes no tapete enquanto desfere ground and pound em doses industriais.
Esta situação não será nova para Nogueira, que após dois combates e meio contra Fedor já é praticamente doutorado na arte de resistir a ground and pound, porém os anos passam e este "Minotauro" já vai dando mostras de desgaste. À excepção do duelo contra Randy Couture em agosto de 2009, o brasileiro tem sentido grandes dificuldades desde que chegou à UFC, tendo inclusive sofrido o primeiro TKO da sua carreira contra Frank Mir. Será que Nogueira ainda é capaz de aguentar uma chuva de golpes do seu adversário antes de chegar à vitória, como fez por exemplo contra Bob Sapp e Tim Sylvia? Este sábado teremos a resposta.
O evento foi um marco nas carreiras destes três grandes lutadores. Filipovic venceu o torneio e pareceu esvaziar aí o "balão" de entusiasmo, acumulando derrotas e prestações apáticas nos combates que se seguiram. Wanderlei Silva sofreu um KO devastador contra "Cro Cop" e viria a perder quatro das cinco lutas seguintes. Nogueira perdeu pela primeira vez em seis anos e meio contra alguém não chamado Fedor Emelianenko, numa decisão dividida contra Josh Barnett.
Hoje na UFC, estas três lendas da Pride preparam-se para encabeçar o UFC 110. É a primeira vez que a organização americana realiza um evento na Austrália, e nada melhor que alicerçá-lo em lutadores que tiveram o seu auge relativamente perto, no país do sol nascente. Falemos então dos combates que esperam cada um destes atletas.
Mirko "Cro Cop" enfrenta Ben Rothwell, um adversário que parece feito à sua medida. Filipovic gosta de intimidar os seus oponentes, e geralmente dá-se mal quando estes conseguem marcar o ritmo das lutas. O croata é hoje uma sombra do que foi, prometendo antes de cada combate que os fãs irão ver o "Cro Cop" dos velhos tempos mas depois parecendo perdido no octógono, para no final dizer que afinal estava lesionado e/ou psicologicamente em baixo. De seguida vem nova luta e tudo se repete. Ainda assim, Rothwell não é um atleta muito pressionante, pelo que é possível que Mirko ganhe confiança com o decorrer do combate e que a sua perna esquerda faça mais uma vítima.
Se Filipovic está muito longe do que foi em tempos, então Wanderlei Silva estará algures noutro planeta. O brasileiro mantém o espírito guerreiro que sempre o caracterizou, porém a sua velocidade abandonou-o e o seu queixo, à semelhança do seu rosto, parece o de um homem bem mais velho. Nos seus últimos seis combates apresenta cinco derrotas, três das quais por KO. Do outro lado do octógono estará o inglês Michael Bisping, um atleta com 18 vitórias e apenas 2 derrotas, cuja combinação de talento e fome de vitórias (quer esquecer o KO fantástico sofrido às mãos de Dan Henderson) não augura nada de bom para Silva.
Chegando ao combate principal da noite, temos António Rodrigo "Minotauro" Nogueira contra o invicto Cain Velasquez. Este último conta apenas com sete combates na carreira, mas a forma como dizimou cada adversário faz com que seja apontado como um possível futuro campeão de pesos pesados da UFC. Velasquez usa a sua força física, capacidade de explosão e wrestling apurado para controlar os oponentes no tapete enquanto desfere ground and pound em doses industriais.
Esta situação não será nova para Nogueira, que após dois combates e meio contra Fedor já é praticamente doutorado na arte de resistir a ground and pound, porém os anos passam e este "Minotauro" já vai dando mostras de desgaste. À excepção do duelo contra Randy Couture em agosto de 2009, o brasileiro tem sentido grandes dificuldades desde que chegou à UFC, tendo inclusive sofrido o primeiro TKO da sua carreira contra Frank Mir. Será que Nogueira ainda é capaz de aguentar uma chuva de golpes do seu adversário antes de chegar à vitória, como fez por exemplo contra Bob Sapp e Tim Sylvia? Este sábado teremos a resposta.
Seja o primeiro a comentar
Enviar um comentário